Diário de uma (finalmente) universitária - Ep. 7

Trabalhos, trabalhos. Amigos a parte!

Todo mundo na escola já confiou muito em alguém e acabou se decepcionando não é mesmo? Isso é o tipo de coisa que acontece em nossas vidas sem a nossa permissão, ou melhor, esses acontecimento não estão sob o nosso controle. Melhor ainda, isso não acontece somente na escola, mas em todas as áreas de nossas vidas. Onde há relação humana, há conflito. Vamos pensar nas universidades.

Numa universidade/faculdade você tem que ter foco e se esforçar pelo menos um pouco, porque se não tiver vai para a especial sem dúvidas. Também se faz MUITOS trabalhos em grupo, quer dizer, a maioria dos trabalhos são feitos com seus colegas. Isso até que é bacana porque te ajuda a interagir com o coleguinha, mas é uma interação superficial.

As interações que desenvolvemos ao longo da nossa faculdade é bem limitada, não em questão de quantidade (você pode conhecer muitas pessoas facilmente), mas em questão de qualidade (você conhece somente o que você vê). 

Parte da culpa dessas relações serem assim está nas nossas vivencias na escola. Lá aprendemos em não confiar em ninguém, pois todo mundo é suspeito de seus próprios erros. Com isso, aprendemos que devemos cumprir as nossas obrigações como estudantes sem se apegar muito aos colegas.

Quando se chega na faculdade, o mínimo de interação com os coleguinhas se faz necessário, mas elas não se mantém quando acabam o curso. Por que? Pelo simples fato de ninguém está disposto a se abrir para o seu colega, ou seja, as relações não são aprofundadas.

"Eu tenho os meus problemas, você tem o seu. Quando estivermos bem, rimos e brincamos, caso contrário, eu vou para o meu canto e você não me perturba."

Se dos seus colegas de faculdade, pelo menos 3 sabem de parte dos seus problemas e vice versa, fique feliz: você estabeleceu alguma relação com o mínimo de profundidade. Você está entre as poucas pessoas que fazem amigos na faculdade. Tudo bem que esse não é o nosso objetivo principal quando entramos na faculdade, mas qual é o problema em mudar  ou acrescentar mais uma meta nesse plano?

Eu não estou na faculdade para encontrar amores e paixões ou até mesmo para fazer grandes amigos. Estou lá para correr atrás do meu sonho e dar a possibilidade de ter um futuro melhor e dar isso para minha família. Mas, eu também vim para conhecer pessoas semelhantes e diferentes de mim. Por isso, mesmo que esse não seja o meu objetivo principal, se estiver a fim de aprofundar o nosso relacionamento e nos tornarmos amigos, partiu. Eu topo ser sua amiga! E você, topa ser meu amigo?

>>>>> Isso inclui compartilhar problemas, tristezas e alegrias tanto minha quanto sua. Inclui me aceitar com os meus defeitos, e não só qualidade. Inclui ir além do superficial, mas aprofundar o nosso relacionamento. Depois não diga que não avisei! <<<<<

#KC<3