[Resenha] Liberte o meu coração


Olá seus lindos!
Uma das minha leituras recentes é uma obra da autora Meg Cabot, Liberte meu coração. É um romance do século XIX, em que uma jovem, Finnula, já com idade para se casar, se diferencia das outras moças por não querer um marido e, acima de tudo, por usar calças. Ao sequestrar um cavalheiro, Finnula se apaixona por seu refém. Esse sentimento é recíproco.

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Sinopse: Na Inglaterra do século XIII, Finnula é a caçula de seis irmãs e um irmão. Enquanto as outras mulheres da família se preocupam em caçar maridos, fofocar sobre crianças e terminar os afazeres domésticos, Finnula escandaliza a aldeia ao desfilar em calças de couro justas. Além de enlouquecer os homens do conde: ela nunca respeita os limites da reserva de caça do nobre. E volta e meia um coelho ou cervo do senhor feudal aparece na mesa da família. Mas as pequenas escaramuças com as autoridades locais estão prestes a se tornar o menor de seus problemas. Uma de suas irmãs gastou todo o dote em bugigangas e vestidos. E agora está sem dinheiro para o casório. Que, ao que parece, não pode ser adiado por muito tempo... É então que decidem conseguir o dinheiro sequestrando um cavaleiro rico. O problema é que o lorde recém-chegado das Cruzadas escolhido por Finnula vai se mostrar diferente do esperado, e a moça pode acabar tendo que abrir mão do resgate. E de seu coração.


Finnula Crais é uma jovem rebelde. Tem um coração bom e tudo o que busca nesse mundo é ser livre, livre dos padrões e de tudo que a prende. Ela só quer encontrar o seu lugar no mundo e ela faz todo o possível para conseguir sua liberdade, a começar usando suas calças de couro (bem justas) em uma sociedade onde só os homens usam calça.
A situação inusitada de sua irmã gastar seu dote com coisas desnecessárias a coloca em uma situação complicadíssima. E o pior: ela odeia o pretendente da irmã e tudo o que ele faz. Todavia, família é família. Finnula encontra o homem perfeito para sequestrar e pedir o resgate por sua vida, mas as coisas desandam um pouco quando ela começa a perceber ele demais.

  • [...] Melhor eu ir andando.
  • Eu? - ele repetiu - Melhor eu ir andando? Você não está esquecendo ninguém?
Ela virou o rosto e olhou para ele sarcasticamente.
  • Não, não estou. Você não vem comigo.
  • O que você está querendo dizer? - Hugo sentiu-se emocionalmente ferido - Ainda sou seu prisioneiro, não sou?
[Pág. 117]


O conde Hugo Fitzstephen está voltando das Cruzadas depois de anos. Sua família já se foi e ele é o último herdeiro direto das terras que ela comandava. No caminho, ele encontra uma belíssima moça dos cabelos ruivos. Não é a mais bela, mas o fato inusitado de usar calças bem justas a torna muito atraente. Quando menos espera, esse homem de quase dois metros de altura se vê refém dessa jovem.
Ao contrário do que ela gostaria, ele não a vê como uma ameaça, mas vê toda a situação como uma oportunidade de conhecer essa mulher tão diferente. Ele a admira pela audácia de quebrar as regras e seguir seus instintos, mas mantendo vivo o altruísmo dentro de si.
A proximidade da viagem dá a ele uma sensação de que ela e a mulher de seus sonhos e que ele não aguentaria vê-la com qualquer outro homem. Ela seria sua. No entanto, com uma única condição: que ela não use mais as calças, ou ele iria queimá-las.


  • Srta. Laroche - disse ele cuidadosamente -, faz ideia de por que preciso tanto de uma boa noite de sono?
Ela fez que não com a cabeça, o cabelo negro caindo sobre o rosto numa onda de ébano.
  • Amanhã vou me casar.
Isso fez com que o dedo dela parasse de desenhar pequenos círculos sobre o peito dele.
  • Casar? - repetiu ela, num tom bem diferente do empregado anteriormente. - Mas o senhor acabou de voltar...
  • Sim. Mas isso não muda nada. Amanhã eu me caso.
  • Não acredito. - Isabella tirou a mão do peito dele. - Isso é uma mentira descarada. Com quem o senhor vai se casar?
Hugo sorriu.
  • Com Finnula Crais.
  • Finnula... - Isabella pulou da cama, o lindo rosto contorcido como se estivesse engasgada. - Finnula Crais? - berrou. - Você tá louco? Finnula Crais foi casada com...
  • Meu pai, eu sei.
[Pág. 242-243]


Eu não sou leitora de romances de época, mas esse, por se passar em um contexto bem inusitado, amei a história do livro. Cheio de aventuras, diálogos divertidos e referências, o livro é melhor a cada página. É realmente uma trama muito bem construída e um ótimo livro para se ler quando não se está lendo.
Quem acompanha o Talvez Seja Simples, sabe a facilidade que tenho pra me apaixonar por personagens ruivos né? Finnula foi um ótimo investimento. Apesar de ser uma obra publicada a alguns anos atrás, Liberte meu coração é o tipo de livro que transcende gerações. Se você ler ele daqui a 5 anos, ele estará tão bom, intrigante e apaixonante quanto agora.
Em um mundo onde se busca ir contra as convenções  constantemente, não seria nada mal você quebrar o rótulo de que todo livro de época-romance é chato e igual. Esse, eu te garanto, é um mix de momentos e emoções. Fiquei feliz, apaixonada, emocionada, feliz de novo, triste, com raiva, ansiosa, encorajada e cada vez mais encantada pelo o que a leitura faz comigo.


Lembre-se >> uma boa leitura é uma leitura intencional <<


#KC<3

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